Todos os celulares em circulação no mercado, sem exceções, emitem uma forma de radiação que pode ser perigosa para seus usuários. É a radiação eletromagnética não ionizante. Dentro das regras internacionais de fabricação, o índice limite para a emissão da radiação eletromagnética não ionizante é 2W/kg.
Uma lista divulgada nesta semana indica os cinco aparelhos em circulação do mundo que emitem maior quantidade de radiação ao serem utilizados próximos ao rosto. Veja abaixo os campeões:
- Motorola Droid Maxx: 1,54 W/kg
- Motorola Droid Ultra: 1,54 W/kg
- Motorola Moto E: 1,5 W/kg
- Alcatel One Touch Evolve: 1,49 W/kg
- Huawei Vitria: 1,49 W/kg
Embora ainda não tenha sido divulgado um estudo conclusivo sobre a influência dessa atividade eletromagnética no corpo humano, existem decisões judiciais mundo afora que ligam diretamente o uso excessivo de celulares ao aparecimento de tumores cerebrais.
O Supremo Tribunal da Itália, por exemplo, em outubro de 2012, associou o aparecimento de tumores no cérebro do empresário de 60 anos Innocente Marcolini ao uso do smartphone. Marcolini utilizava o celular por cerca de seis horas por dia. A jurisprudência abriu porta para mais decisões como essa em países da Europa.
Um estudo da ESPM, em São Paulo, analisa os efeitos da emissão da radiação não ionizante no corpo humano e as classifica em duas categorias: térmicas e não térmicas.
Os efeitos térmicos são aqueles causados por um aquecimento direto dos tecidos biológicos como resultado da absorção do eletromagnetismo. Os resultados dessa absorção são bem conhecidos e, inclusive, existem normas internacionais que estabelecem limites para exposição à radiação.
O perigo mora nos efeitos não térmicos, que podem ser bioquímicos ou eletrofísicos, causados diretamente pelos campos eletromagnéticos gerados pelos aparelhos, mas que não estão ligados ao aquecimento. Esses efeitos ainda estão sendo estudados e não há níveis seguros conhecidos para exposição a esse tipo de radiação.
Alguns efeitos não térmicos relatados na literatura incluem alterações no sistema nervoso, cardiovascular e imunológico, bem como no metabolismo e em fatores hereditários.
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